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Mostrando postagens de maio, 2012

Rio+20 e a matriz energética – Parte III

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Hidrelétricas e linhas de transmissão Fonte: Aneel Telma Monteiro Energia elétrica Alguém sabe o que é Modicidade Tarifária? O que realmente pagamos numa conta de luz residencial? Modicidade Tarifária é definida como "o fator essencial para o atendimento da função social da energia e que concorre para a melhoria da competitividade da economia” . O Novo Modelo do Setor Elétrico criado pelas Leis 10.847 e 10.848, de 2004, tem entre seus objetivos principais garantir a segurança do suprimento de energia elétrica, promover a modicidade tarifária, promover a inserção social no Setor Elétrico Brasileiro pela universalização de atendimento.  Para ilustrar como a Modicidade Tarifária é uma balela, nada melhor que usar o exemplo de uma conta de luz residencial no valor de R$ 400,00: R$ 180,00 (45%) são encargos e impostos; R$ 104,00 (26%) são os custos de geração; R$ 94,00 (23,5%) são os custos da distribuição (redes locais); R$ 22,00 (5,5%) são os custos da transmis

Energia e Sustentabilidade, edição de 19 de maio

Ou aceleramos a recuperação da natureza ou mudamos o modelo do crescimento

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ESCRITO POR TELMA MONTEIRO QUARTA, 16 DE MAIO DE 2012 Publicado no  Correio da Cidadania O planeta já está passando por um “choque ecológico” que obriga governos e empresas a pensar numa economia sustentável. Será preciso nivelar e compatibilizar a relação entre a economia, os ecossistemas e o uso da energia para evitar o caos ecológico. A proposta de "economia verde" que os governos pretendem discutir na Rio+20 não passa de outra maquiagem verde, desta vez mais perversa, da economia como um todo e não só de alguns produtos e serviços. Temos que ter uma proposta de sociedade sustentável que, antes de tudo, deve estar alinhada ao bem viver da cultura tradicional, à revisão dos hábitos de consumo de energia, à eficiência energética, aos usos que se fazem da energia e à consciência do modelo de vida que queremos. Ainda dá tempo, é só querer. Constatamos dia a dia os flagrantes da falta de respeito aos princípios da ecologia e da falta de conscientização da

Belo Monte: “um conto de fada” disfarçado

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Site da imagem:  echapora.blogspot.com Os feudos eram dados pelo rei aos amigos conforme os interesses vigentes; hoje os nossos "reis" dão feudos às grandes empresas, compara Telma Monteiro Por: Thamiris Magalhães Ao comparar Belo Monte à Idade Média, Telma Monteiro explica que a Altamira de hoje, acuada pelas obras de Belo Monte, sofre a falta de estrutura de forma muito mais intensa do que antes de se pensar no projeto. “Prometer saneamento básico, água de qualidade, hospitais e escolas, infraestrutura urbana, são formas de se obter o poder. É o mesmo poder da Idade Média, em que os senhores feudais tinham as terras e exploravam os camponeses. Belo Monte é, aos olhos da população de Altamira e região, uma forma de rompimento com um período atrasado de ausência do Estado para uma nova era classificada de moderna, onde energia significa progresso”, disse na entrevista que concedeu, por e-mail, à  IHU On-Line . Segundo a pesquisadora, as invasões, expansão desorden

Hidrelétrica Santo Antônio: Resgates de fauna e suas verdades ocultas

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Resgates de fauna e suas verdades ocultas ScienceBlogs por Rafael Marcondes, Luciano Moreira Lima & Guilherme Garbino Recentemente foi amplamente  noticiado  a morte em massa de animais silvestres afogados devido ao enchimento da represa da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que está sendo construída no Rio Madeira, próximo à cidade de Porto Velho – RO. De acordo com uma pessoa que trabalhou nas atividades de  resgate de fauna durante o enchimento do lago da usina, o resgate foi ineficaz e houve um verdadeiro extermínio de animais na região. Antas, tatus, pacas, cotias e diversos outros bichos se afogaram, morreram e apodreceram nas águas do Madeira. O consórcio Santo Antônio Energia, responsável pela construção da usina  respondeu  que realmente ocorreram mortes, mas elas teriam sido míseros “1,8%” do total de animais resgatados, 25.517, e que desses, 97,7% haviam sido devolvidos “saudáveis” a natureza. Um dos milhões de animais afogados pelo enchimento do lago da

Energia e Sustentabilidade, edição 12 de maio

Rio+20 e a matriz energética brasileira - Parte II

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Telma Monteiro Energia Elétrica Se o Brasil pretende se confirmar como liderança em energias limpas na conferência Rio+20, deve começar por levar e discutir propostas consistentes de programas de eficiência energética, de descentralização da geração e pensar numa matriz nacional de transportes coerente com essa postura.  Posar de grande detentor da matriz energética mais verde do mundo é uma falácia. Rever as políticas energéticas adotadas nos últimos 20 anos é uma boa ideia para a nação anfitriã da Rio+20. O Brasil quer ser a quinta maior economia do mundo. Para isso precisa construir uma sociedade regida por um sistema energético sustentável.  Uma sociedade sustentável.

Rede Brasileira de Justiça Ambiental precisa de você!

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Hidrelétricas no Amazonas: ''temos um exemplo negativo no nosso quintal''

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  Entrevista especial com Anderson Bittencourt “O Amazonas concentra a maior parte das comunidades brasileiras sem acesso à rede elétrica, porque o modelo de fornecimento existente no restante do país não atende às características peculiares da região”, diz o engenheiro eletricista.   Confira a entrevista A usina hidrelétrica de  Balbina , inaugurada no final da década de 1980, no estado do Amazonas, é conhecida como a “pior concepção de hidrelétrica do mundo, porque ocupa um reservatório de mais de 2.500 km² para gerar 250 MW. Enquanto que a média nacional é de 0,5 km² por MW”, afirma  Anderson Bittencourt  à  IHU On-Line . Para ele,  Balbina  é um mau exemplo que deve ser considerado diante da proposta do governo federal de  construir quatro novas hidrelétricas no estado , das sete que serão construídas na bacia do rio Aripuanã, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rondônia. De acordo com  Bittencourt , estima-se que somente no Amazonas oito unidad

Energia eólica deve superar a gerada por usinas nucleares no mundo até 2020

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Fonte da imagem: aquisefazgostoso.com.br  O avanço do vento no mundo é irresistível. Limpa e barata, a eletricidade de origem eólica já equivale à produzida por 280 reatores e em breve passará à frente da energia nuclear no mundo. Fonte:   Instituto Humanitas Unisinus - IHU A reportagem é de Gero Rueter e publicado pelo sítio Deustche Welle, 30-04-2012. A importância da energia eólica cresce rapidamente em todo o mundo. Na Espanha e na Dinamarca, o vento é a fonte de 20% da eletricidade. Na Alemanha, essa percentagem é de 10% e, segundo os prognósticos, até 2020, será de 20% a 25%. Segundo a Associação Mundial de Energia Eólica (WWEA, na sigla em inglês), no ano passado foram construídas novas centrais eólicas perfazendo 40 gigawatts (GW) de energia produzida. Com isso, o total da energia ambientalmente correta em todo o mundo chegou a 237 GW no final de 2011, o equivalente ao desempenho de 280 reatores termonucleares.